05/04/2019

Saiba como economizar dinheiro ao contratar uma apólice de transportes

Saiba como economizar dinheiro ao contratar uma apólice de transportes

Tempo estimado de leitura: 20 minutos.

 

 

Como economizar dinheiro ao contratar uma apólice de transportes?

 

Trabalhar com cargas e transporte de cargas tem seus riscos. O prejuízo financeiro pode ser muito grande caso ocorra algum acidente ao longo do caminho.

Contratar o seguro de transportes além de obrigatório nessas ocasiões, é uma segurança e a garantia de que se algo der errado, a indenização fará o reembolso do valor perdido durante o transporte das mercadorias em viagens nacionais ou internacionais na modalidade de transporte contratada (aquaviária, aérea ou terrestre).

O alto risco desse tipo de seguro exige uma parceria entre o Segurado e a Seguradora. Caso contrário, o que deveria ser simples, acaba gerando dores de cabeça desnecessárias.

O transporte de cargas é uma modalidade de alto risco. Isso não tem como negar. Mas existem práticas que podem ser abordadas para transformar algo de alto em baixo risco e ajudar o Segurado a economizar dinheiro durante os transportes.

Esse trabalho é feito por uma equipe de corretores focados na redução de riscos. O objetivo é planejar um plano de ação que garanta a integridade do transporte, independente de qual for a modalidade escolhida.

Os sinistros nos transportes de carga podem diminuir drasticamente quando são adotadas medidas preventivas em um plano de gerenciamento de riscos.

Você sabe quais são maiores causadores de perdas e danos durante o transporte de cargas? As embalagens inapropriadas, a falta de cuidado no manuseio da carga e também a negligência com a segurança.

Saiba como economizar dinheiro ao contratar uma apólice de transportes.

 

Qual o processo para a contratação do seguro de transportes?

 

 

Primeiro Passo: Conhecimento de embarque ou Conhecimento de transporte

 

O processo para a contratação do seguro de transportes começa com o requerimento do documento “conhecimento de embarque” junto à transportadora.

O documento atesta o recebimento da carga, quais as condições do transporte responsável pelo deslocamento e a obrigação de entrega da mercadoria ao destino preestabelecido, conferindo a posse da mercadoria.

Além de atuar como um documento que confirma o recebimento da mercadoria por parte do transportador, age como documento de propriedade, o que constitui um título de crédito.

O “conhecimento de embarque” pode variar de acordo com a modalidade de transporte escolhido para o seguro: marítimo, aéreo, terrestre ou multimodal e é aceito pelos bancos como garantia de embarque para o exterior.

O conhecimento de embarque é composto pelas seguintes informações:

- Nome e endereço do exportador e do importador;

- Local de embarque e desembarque;

- Quantidade, marca e espécie de volumes;

- Tipo de embalagem;

- Descrição da mercadoria e códigos (SH/NCM/NALADI);

- Peso bruto e líquido;

- Valor da mercadoria;

- Dimensão e cubagem dos volumes

- Valor do frete;

- Forma de pagamento do frete: frete pago (freight prepaid) ou frete a pagar (freight collect).

- Condições de embarque da mercadoria (boas ou más condições)

O documento é uma garantia de que o transportador vai entregar a mercadoria nas mesmas condições em que ela foi entregue pelo embarcador.

Dica: Baixe os modelos de conhecimento de embarque digital e físico e o manual da versão eletrônica do Ministério da Fazenda.

 

Passo dois: Defina as apólices a serem contratadas

 

O porte de uma empresa pode influenciar diretamente na escolha entre as apólices abertas ou avulsas.

- Apólices abertas: também chamadas de apólices de averbação (modalidade que exige comprovante do embarque efetivo da carga segurada), as apólices abertas geralmente são usadas pelas empresas que precisam transportar as mercadorias que vendem. Entre as suas principais características estão os prazos mais longos (acima de um ano) e são usadas para múltiplos embarques.

- Apólices avulsas: são indicadas para empresas de pequeno e médio porte, que operam apenas no mercado nacional (contratados pelos embarcadores) e não transportam mercadorias com tanta frequência. Quando contratado nos transportes internacionais, são usados para proteger o risco de uma viagem e/ou embarque específico.

 

Passo três: Reúna os documentos para contratar o seguro de transporte

 

Muitas empresas pequenas acabam errando durante a contratação do seguro por falta de conhecimento e isso pode elevar consideravelmente o custo.

É possível diminuir aproximadamente 15% do valor final de uma cobertura tradicional que tenha com um prazo de um ano no máximo. Para que funcione, basta reunir os seguintes documentos para economizar dinheiro durante o processo.

 

1. Proposta

 

Documento composto com as informações sobre os riscos que o possível Segurado deve preencher. A seguradora tem um prazo de 15 dias para aceitar ou recusar o pedido de risco. É importante ressaltar que as apólices avulsas devem ser analisadas em um prazo de sete dias.

 

2. Apólice

 

A apólice é o documento básico para a contratação de um seguro. Existem três tipos:

- Apólice avulsa: para pequenos embarques. Cada embarque representa uma apólice e as condições são detalhadas e específicas.

- Apólice de averbação: para empresas que frequentemente embarcam mercadorias. Cada embarque recebe uma averbação com as suas características e todos os termos e condições do seguro estão definidos. Isso significa que se forem embarcadas mercadorias que não são cobertas, o Segurado não vai conseguir averbá-las.

- Apólice anual com prêmio fracionado: também conhecidas como “apólices ajustáveis”, o seguro é contratado anualmente e o seu preço (prêmio) é calculado de acordo com os embarques realizados durante o ano. Por isso é considerado ajustado, uma vez que o valor muda de acordo com o número de embarques e averbações feitas.

 

3. Averbação

 

A averbação é o documento que resguarda os envolvidos em caso de sinistro. Ele vai garantir que o embarcador receba o reembolso e não precise arcar com todos os prejuízos, assim como o transportador.

 

4. Endosso        

 

O endosso é o documento emitido quando a Seguradora e o Segurado entram em acordo e alteram dados, modificam condições, coberturas, limites segurados ou o objeto de apólice.

 

5. Fatura mensal

 

A fatura mensal são as cobranças do prêmio do seguro e também age como comprovante do embarque da carga. Ela corresponde à averbação feita pelo Segurado.

 

6. Certificado de seguro

 

Documento solicitado para o transporte de exportação internacional. Ele comprova que foi efetivada a contratação do seguro por bancos financiadores, compradores de mercadorias, instituições ou outras autoridades que tiverem interesse direto na exportação da mercadoria.

 

Dúvidas frequentes

 

 

As apólices seguem um padrão ou devem ser customizadas?

 

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, definiu algumas regras para a criação do contrato do seguro de transportes.

Ainda assim é possível incluir coberturas não previstas para cada cliente específico, mas antes, elas devem ser aprovadas pela própria SUSEP.

Usar a apólice padronizada é facultativo, porém, é possível contratar uma apólice customizada para a cobertura de um sinistro específico, com um prazo superior a seis meses para o cancelamento caso o Segurado não realize uma averbação nesse período.

Observação: não é possível contratar mais de um seguro para o mesmo risco e mesma carga.

 

O que é Dispensa do direito de regresso?

 

A dispensa do direito de regresso é uma cláusula conhecida pela sigla DDR.

Ela dá à Seguradora o direto de recuperar o dinheiro da indenização caso a culpa pelo sinistro tenha sido de terceiros.

Como por exemplo, um motorista sofre um acidente na estrada que causou danos à mercadoria.

Caso seja comprovado que ele estava embriagado, sob efeito de substâncias ilícitas ou que sua habilitação estava irregular, a Seguradora vai pagar a indenização, porém, vai cobrar o mesmo valor do motorista ou da transportadora que contratou o seguro.

Muitos Segurados aceitam incluir a cláusula DDR nas apólices, mas solicitam uma declaração que isenta o motorista de todas as responsabilidades causadas por perdas ou danos à carga em caso de roubo de carga. A ideia é tranquilizar o funcionário quando a carga estiver em sua responsabilidade.

Observação: lembre-se que a inclusão da cláusula DDR no contrato não dispensa a obrigatoriedade do transportador de contratar o seguro de responsabilidade civil.

 

 

Existem limites de responsabilidade no seguro de transporte de carga?

 

É importante definir que o limite é a valor que deve ser pago pela Seguradora em caso de sinistro que causem danos ou a perda da carga transportada durante o transporte (isso inclui o tempo de armazenamento da carga pela transportadora, em portos e terminais dos aeroportos).

A apólice informa qual o valor máximo de indenização para o mesmo embarque e/ou viagem, baseado no cálculo do valor da mercadoria segurada.

É importante lembrar que o valor da mercadoria segurada corresponde ao valor do custo declarado na fatura comercial adicionado ao frete. Já a quantia que é descrita na fatura comercial é denominada “valor do objeto segurado (VOS)”.

O VOS pode ser adicionado aos lucros esperados pelo comprador, as despesas e aos impostos.

 

Gerenciar riscos ajuda a reduzir o valor do seguro de transporte de cargas?

 

O papel da seguradora é orientar seus clientes a encontrar soluções para que a carga chegue ao destino final em segurança, além de ajudar a evitar avarias e prejuízos.

O crescimento de empresas especializadas em transporte de mercadorias tem crescido no Brasil. Segundo dados disponibilizados pela ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, o Brasil possui mais de 120 mil empresas transportadoras e aproximadamente 800 mil veículos registrados com essa função.

Cada vez mais empresários estão se conscientizando de que existe a necessidade de proteger seu patrimônio, uma vez que o investimento no seguro vale a pena mediante o custo/benefício caso ocorra algum sinistro com as mercadorias.

Já sabemos que o valor de um seguro é influenciado pelo grau de riscos que a seguradora deve assumir mediante o transporte de uma carga. Para diminuir os custos e economizar, a transportadora deve fazer uma análise interna das cargas transportadas:

- quais podem sofrer mais danos ou perdas?

- quais são consideradas de alto risco?

- qual o tipo de carga (alimento, eletrônico, medicamentos)?

- o que você oferece para manter a integridade da carga durante o trajeto?.

 

Gerenciamento de riscos: veículo e carga

 

Muitas pessoas não sabem qual caminho tomar quando o assunto é diminuir o alto índice de riscos de transportar uma carga.

Existem muitas medidas de segurança que podem ser adotadas para evitar que as cargas sejam roubadas ou extraviadas durante o transporte.

É tudo uma questão de logística e também trabalho em conjunto.

Algumas medidas podem ser falhas em determinadas situações, como por exemplo, algum sinistro causado por ações naturais como enchentes e incêndios.

O principal risco que assombra o transporte de carga no Brasil é o roubo tanto das mercadorias quanto dos veículos.

A transportadora precisa observar as medidas que compõem a apólice, as suas condições e os planos para o transporte. A partir disso é necessário reestruturar a logística logo na fase em que a carga é retirada pela transportadora, até o momento em que a carga é entregue em seu destino.

A apólice parte do pressuposto que o transporte rodoviário é um dos mais importantes no país, apesar da péssima manutenção e cuidados com as estradas. Além da proteção das cargas, as apólices são montadas de acordo com as estatísticas dos índices, as rotas tomadas e os horários com maiores chances de sofrer um roubo ou extravio de cargas.

As cargas com maiores índices de roubo (eletrônicos, medicamentos, bebidas, cigarros ou cargas com grande visibilidade e de alto valor) devem ser transportadas com mais segurança e é necessário que a empresa responsável adote algumas medidas como monitoramento, escolta, fracionamento da carga em mais veículos e assim por diante.

Outra estratégia de gerenciamento de riscos é o trajeto escolhido para transportes. Quanto mais seguros, menores as chances de roubos e acidentes.

 

Gerenciamento de riscos: caminhoneiro

 

Não são somente os equipamentos e logísticas que devem ser levados em considerações durante o gerenciamento de riscos. O caminhoneiro é um personagem fundamental durante o processo.

É ele o responsável legal pela mercadoria durante o transporte.

Já é de conhecimento nacional, e até mesmo mundial, que os caminhoneiros trabalham por longas jornadas e muitas vezes acabam recorrendo a medicamentos para se manter acordados por mais tempo nas estradas.

A transportadora precisa oferecer um ambiente de trabalho em que o profissional se sinta bem o suficiente para executar suas atividades sem colocar em risco a mercadoria que será transportada e sua própria vida.

Confira algumas soluções que podem ser implementadas para evitar imprevistos durante o transporte:

- rastreamento do caminhão em tempo real;

- cadastro dos motoristas;

- cuidado com a saúde dos profissionais;

- utilização de equipamentos específicos para o transporte de determinados equipamentos;

- treinamento constante;

- segurança.

Essas são algumas alternativas para manter os profissionais preparados e a sua empresa economizar dinheiro ao contratar uma apólice de transportes.

 

 

Qual o custo para manter o seguro de transportes?

 

Não existe um valor tabelado que pode ser seguido. O valor do seguro vai variar de acordo com as garantias contratadas, o meio de transporte usado e o tipo de mercadoria que será transportada.

É nesse momento que todo o gerenciamento de riscos vai influenciar o valor final.

O seguro pode cobrir todo o valor perdido em caso de sinistro. O cálculo do valor é composto por:

- um percentual do valor da carga;

- o tipo de transporte;

- o tipo de mercadoria;

- a embalagem usada;

- características perecíveis;

- o destino final;

- período de cobertura;

- tipo de cobertura (completa, parcial, específica);

- frequência de sinistros ocorrerem;

- valores indenizados com riscos semelhantes.

Quanto maior a frequência e valores indenizados, maior será o prêmio (custo do seguro).

Confira mais algumas dicas que podem te ajudar a entender o valor do seguro de transportes:

- a tarifa do embarque aérea geralmente custa metade das modalidades marítima e terrestre;

- as condições de pagamento da apólice dependem do tipo que você escolher. Na modalidade avulsa, por exemplo, o Segurado paga o valor à vista, antes do transporte ser feito.

- as condições de pagamento das apólices abertas ou de averbação (que cobrem diversos embarques) possuem um prazo de pagamento de até 30 dias a partir da emissão da fatura;

- as condições pagamento das apólices anuais com prêmios fracionados, possuem um prazo de pagamento que pode ser feito em parcelas. A última parcela deve ser paga antes do seguro expirar.

- as parcelas pagas com antecipação tem direito a uma redução proporcional dos juros;

- se por ventura alguma parcela atrasar, o prazo da cobertura será ajustado de acordo com o prêmio já pago, segundo a tabela da SUSEP (válido a partir da segunda parcela);

 

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Aficionado por empreendedorismo, graduado em Administração de empresas pela fundação, formação em Coaching, PNL e Psicanalista, já geriu diversas empresas de seguro, participa como voluntario CCB, atualmente é o CEO da Voi Seguros.

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